Quando eu era bem pequenina, ninguém me perguntou o que desejava me tornar. Em vez de um lápis em minhas mãos, me entregaram uma vassoura e um pano de chão. Privaram-me da educação, me manterão no pior dos cárceres na mais macabra prisão. E depois de anos, quando meu povo conseguiu como pregam “Liberdade”, determinaram para mim um lugar na sociedade. Onde meu trabalho é delimitado, vivo num campo minado. Só me restam de tuas imposições duas delimitações Ou me caso e cuido do lar, ou trabalho onde é “o meu lugar”. Agora onde é imposta minha localidade, dentro desse meio habitado com total ‘‘igualdade’’. Aos seus olhos devo servir, ou quem saber até limpar. A sujeira que tu fizeste, mas não quer eliminar. Autora: MARTA NASCIMENTO